Há quem diga que o amor é cego, mas não é a paixão o sentimento que deixa a pessoa míope aos defeitos do outro? No entanto, o amor, realmente, pode ser cego, pregam os especialistas. A mulher que apanha do marido e mesmo assim não o deixa. Ou o homem que sabe que ela o trai e aceita. Embora o amor real, por definição, atue no sentido de construir a relação, quando ele começa a ser prejudicial à saúde, à autoestima e à integridade da pessoa, ele pode até ser considerado uma doença. Nessas horas, ajuda especializada e o apoio de amigos e familiares é indispensavel.
O amor exige construção, ele é uma arte. O amor real exige uma luta lúcida diária, mas as recompensas são inúmeras.
Aceitar qualquer atitude
prejudicial e que te faz mal é estar se boicotando. Isso mostra que a
sua capacidade de estar longe do outro está quebrada e que você não se
basta sozinho. Esse processo é o da co-dependência, em que uma pessoa se
anula totalmente para estar com outra e não entende exatamente os
motivos de não conseguir se afastar, mesmo estando caindo num buraco sem
fim.
"O amor doentio se
manifesta com sentimentos inesperados de querer se separar e não
conseguir, sem entender o porquê. Também há a possibilidade de
compulsões, como abuso de comidas, doces, álcool e até sexo para aliviar
a tensão do relacionamento que não vai bem. A pessoa se sente
prisioneira, sente que a autoestima está baixa e não sente vontade de
fazer nada para melhorar a situação. Esgotamento emocional, ciúme
exagerado, tentativas incessantes de modificar o outro, submissão ou
sensação de poder sobre o outro também revelam um amor doentio presente
e, às vezes, invisível ao olho de quem o passa"
Perceber o problema é o
primeiro passo para a resolução do problema que, como todas as questões
do coração, pode ser curado com a ajuda profissional. "Estar consciente
sobre a situação é dar o primeiro passo. Depois, querer se cuidar e sair
desse redemoinho.