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6 de dezembro de 2011

Mulheres podem ser afetadas por problemas sexuais durante toda a vida

 



Esse é um termo usado para descrever dificuldades relacionadas ao desejo sexual (libido), à excitação, ao orgasmo e à dor no ato sexual.
  Não existe um período determinado para que ocorram problemas sexuais – eles podem, inclusive, acompanhar a mulher durante toda a vida. Podem, também, ser adquiridos mais tarde, mesmo que antes a paciente não tenha experimentado dificuldades com relação ao sexo.


Possíveis causas:

As causas mais comuns de problemas sexuais, em geral, estão relacionadas a:

- Alterações nos hormônios, vasos sanguíneos e nos tecidos da vagina;

- Dificuldades de relacionamento;

- Baixa auto-estima.
Por outro lado, sabe-se que mulheres física e psicologicamente saudáveis, e que mantêm um bom relacionamento com seus parceiros, têm mais probabilidade de estarem satisfeitas com a vida sexual.

Conceitos de sexualidade




Antes de nos aprofundarmos na discussão dos problemas sexuais, gostaria de apresentar alguns conceitos que estão relacionados a eles:
Desejo – É o mesmo que libido, ou seja, a vontade de fazer sexo. Pode envolver pensamentos e imagens sexuais. O desejo pode ocorrer espontaneamente ou em resposta a um parceiro, a pensamentos ou imagens. A forma espontânea é mais comum em novas relações, enquanto a resposta a um desejo do parceiro é mais típico em relacionamentos de longo prazo. O desejo sexual não é essencial para se ter uma vida sexual satisfatória. Em outras palavras, uma mulher que não pensa em sexo ou não toma a iniciativa não tem, necessariamente, um problema.

Excitação - É uma sensação de prazer sexual, muitas vezes acompanhada por um aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos genitais e também da frequência cardíaca, da pressão arterial e da respiração.

Orgasmo - É definido como um pico de prazer sexual e liberação da tensão, geralmente com contrações dos músculos na área genital e nos órgãos reprodutivos.
Embora o desejo, a excitação e orgasmo descrevam a típica resposta sexual, o objetivo da atividade sexual é a satisfação para ambos os parceiros. Eles podem ou não apresentar todos os aspectos do ciclo de resposta sexual (desejo, excitação e orgasmo).

                                        Fatores de risco
Há uma série de fatores de risco que podem contribuir para problemas sexuais em mulheres. Entenda-se que o fator de risco não é, necessariamente, a causa de um problema, mas sim algo que o torna mais provável de acontecer:



Fatores emocionais ou externos

Bem-estar pessoal – É importante para o interesse e a atividade sexuais. Uma mulher que não sente o seu melhor, física ou emocionalmente, pode experimentar uma diminuição da resposta sexual.
Questões de relacionamento - Um relacionamento saudável, do ponto de vista emocional, com o atual e com os ex-parceiros sexuais é o fator mais importante na satisfação sexual. Conflitos entre uma mulher e seu parceiro, ou mesmo histórico de abuso emocional, físico ou sexual, podem influenciar a satisfação sexual da mulher. E vale ressaltar que até um bom relacionamento pode tornar-se menos emocionante sexualmente ao longo do tempo.

 Problemas sexuais masculinos – Eles também têm lá sua influência sobre a atividade sexual da mulher. Mudanças na meia-idade do parceiro podem afetar a resposta sexual dele (e dela). Problemas como a disfunção erétil, baixa libido ou ejaculação precoce tornam-se mais comuns com o avançar da idade. Além disso, as mulheres tendem a viver mais que os homens.



Fatores ginecológicos


Parto – Depois que a mulher tem filho, mesmo tendo cumprido o período da recuperação física e amamentação, pode ter desejo sexual diminuído. São comuns, ainda, relatos de dor durante o coito vaginal. A boa notícia é que, na maioria dos casos, esses problemas melhoram com o tempo.
Menopausa - O estrogênio é um hormônio feminino produzido pelos ovários. Após a menopausa, os níveis desse hormônio caem drasticamente, o que pode levar a mudanças na libido da mulher, e mesmo na capacidade de ficar excitada. Sem falar que suores noturnos, interrupções do sono, fadiga e outros sintomas da menopausa também podem contribuir para problemas sexuais. Além disso, após a menopausa, algumas mulheres experimentam estreitamento vaginal, secura e diminuição da elasticidade na parede vaginal, o que pode levar ao desconforto ou dor durante o sexo.



Histerectomia - Em geral, a retirada de parte do útero ou da sua totalidade não causa disfunção sexual. Ao contrário, a maioria dos estudos mostra que há melhora na atividade sexual após a histerectomia. Isso, provavelmente, se deve a uma melhora nos sintomas que interferem no sexo, como sangramento intenso. Já a remoção dos ovários na histerectomia reduz níveis de estrógeno e andrógeno, o que pode impactar a função sexual em algumas mulheres.
Dor pélvica ou vaginal – Esse tipo de dor, muitas vezes, causa dificuldade na vida sexual. A dor pode levar ao medo de que haja uma dor mais forte na relação sexual, o que, por sua vez, vai diminuir a lubrificação e causar aperto involuntário dos músculos vaginais, causando mais dor. Por outro lado, sintomas de dor podem ser causados por endometriose, cirurgias prévias, infecção ou cicatrizes.
Bexiga e problemas de suporte pélvico - Alterações na bexiga ou perda de sustentação pélvica (prolapso do útero) podem levar à perda de urina (incontinência) ou à sensação de pressão vaginal. Esses sintomas podem interferir no desejo sexual de algumas mulheres.








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