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3 de dezembro de 2011

Um jeito especial de Ser...

Há muito penso em escrever sobre a tal ditadura da magreza, essa coisa absurda que a sociedade nefastamente impõe às mulheres. Nunca consegui dar o primeiro passo, sempre ficando no campo da abstração. Mas, ao ler a “Carta de um Homem”, um texto bembacana sobre mulheres, de um autor desconhecido, me enchi não só de coragem, mas também de imensa vontade de finalmente falar. Não, não se trata de crítica ferrenha, não vou colocar estilistas – homossexuais ou não – profissionais da moda, editores de revistas ou grifes famosas em minha alça de mira. Mais importante e mais bacana que atacar as anoréxicas, bulímicas e neuróticas por magreza é enaltecer a beleza voluptuosa da mulher de curvas, a mulher “cheinha”, por muitos chamada de “gordinha”.




  Não tenho a pretensão de fazer um ensaio sociológico acerca da discriminação e preconceito. Penso na alma, penso na poesia contida no sorriso, no calor e na imensa alegria que a mulher-curvas, a mulher de belos seios e quadris largos, resolvida não só com seu corpo mas com sua alma, a mulher que ama e é amada por seu namorado, parceiro, marido; a mulher que esbanja sensualidade, a mulher de colo macio, de ancas e de prazeres. Posso afirmar: as gordinhas – inclusive sexualmente, aaaaahhhhh – são muito, muito felizes! Aliás, são verdadeiramente felizes, pois o seu homem não só a aceita como ela é, mas, sobretudo, sente intenso e imenso prazer por isso, diferentemente do homem que se rende ao apelo da sociedade para estar com a mulher magra, dita de “corpo perfeito”. Ele – muito provavelmente – não está feliz; não sabe a volúpia que é estar envolvido e enroscado no corpo macio (e muito quente) da mulher gordinha; jamais descobrirá a entrega total (pois ela sabe que ele está ali porque pura e simplesmente gosta dela, deseja ela) desta mulher-puro-sorriso, desta mulher bom-humor, engraçada, divertida e muito, muito sensual!



Penso no tempo que perdemos nos rendendo a modismos, a falsas tendências, que no fundo não nos conduzem a nada, nos leva a lugar nenhum; penso nessa busca exagerada, muitas vezes insana pelo corpo e formas perfeitos. Por quê? Pra quê? Que venha o sorvete! Não o “sorvete sabor de culpa”, mas o sorvete sabor de domingo no parque com a boca lambuzada e sorriso estampado… quem nunca abriu o pacote de batata frita no escurinho do cinema? E o chocolate, que derretido no calor daqueles beijos, lambuzou tantos namorados nas incríveis brincadeiras que só a mulher cheinha sabe fazer? Que venha o leite condensado, que antes de virar doce-de-leite, se faz doce deleite quando sai da bolsa desta bela mulher. Segredo de um homem feliz: nós adoramos a mulher gordinha! Pena que nem todos têm coragem de admitir, mas acreditem, no ardor e na languidez dos quentes beijos, tudo o que não olhamos – sequer lembramos – são de estrias, celulites, pneuzinhos ou supostas e milimétricas imperfeições; queremos mesmo é sua alegria, o seu companheirismo, a sua companhia e o seu prazer… queremos a troca de olhares e o carinho e não somente belo jarro, troféu que se usa pra exibir.



Saúde, qualidade de vida e principalmente bem-estar não se traduzem somente em corpo e formas socialmente padronizadas; são, acima de tudo, a alegria de viver, o bem-querer e a felicidade de saber se aceitar, se gostar e, com isso, espraiar todos esses belos sentimentos ao homem que espontânea e autenticamente gosta, deseja e quer você.



Gordinhas Assumidas

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