Diariamente, após um dia de trabalho exaustivo, problemas, ou longas filas, chegamos em casa falando que estamos estressados. Será que o que chamamos de stress é realmente stress? Não, esta é a resposta! As situações acima nos geram cansaço, exaustão, mas não stress. Stress se refere a um mecanismo fisiológico, a uma resposta complexa de nosso corpo, que envolve reações hormonais, físicas, químicas, psicológicas e mentais diante de uma situação que a pessoa interprete como um desafio ou ameaça. Por exemplo, se estamos diante de uma situação de perigo, ocorre uma quebra na homestase (equilíbrio no funcionamento interno) de nosso organismo. Isso cria uma necessidade de adaptação para a própria sobrevivência. Nosso organismo, quando submetido a agentes estressores como o frio extremo, falta de oxigênio, ou mesmo acontecimentos emocionantes, libera uma série de mediadores químicos (principalmente a adrenalina e noradrelina) que provocam reações.
Pense que você está diante de um assalto.
Qual a sua reação? De repente, a sua respiração acelera, seus batimentos cardíacos ficam mais rápidos, você arrepia, e tem que decidir rápido: lutar, ceder ou fugir? Os mediadores liberados pelo seu organismo (principalmente a adrenalina e noradrelina) são os responsáveis por todas essas reações fisiológicas. E você sabia que o fluxo sanguíneo para os músculos do seu esqueleto aumentam nesse momento? Isso acontece porque caso você opte pela fuga, você terá que correr. E, tendo que correr, você precisará dos músculos com suprimento sanguíneo adequado. Ocorre também um aumento da liberação de gorduras, e pela ordem do cérebro (mais especificamente do córtex cerebral) há uma liberação do hormônio cortisol pelas glândulas supra-renais.
Em primeiro lugar, temos os agentes físicos, que envolvem um contato direto com nosso organismo. Bons exemplos são: frio extremo, disputar uma maratona, fazer esportes radicais, ter que correr frente a uma situação de perigo, e por aí vai.
Como podemos combater e prevenir o estresse?
Em primeiro lugar, é essencial a pessoa saber qual a causa do estresse. Identificada a causa, ou ela deve ser eliminada, ou a pessoa deverá criar meios para lidar com aquele agente estressor de outra maneira. É essencial, para combater e prevenir o estresse, que a pessoa tenha um sono bom e reparador. Além disso, é importante que em suas horas livres o indivíduo faça as coisas que gosta, que o dão prazer. Se gostar de ver filmes, que veja filmes. Se gostar de correr, que corra, por exemplo. A atividade física pode ser um grande aliado neste processo, e ele deve ser feito de uma maneira prazerosa, sem cobranças. Deve ser encarado como uma atividade relaxante, e não um martírio. Exercícios físicos, praticados de uma maneira saudável, causam um aumento nos níveis de endorfina no nosso organismo, o que causa aquela sensação de prazer e bem-estar relatada por praticantes de exercícios físicos. A pessoa não deve usar medicamentos por conta própria e deve também evitar o consumo de álcool. Em grande parte dos casos, a ajuda profissional de um médico e/ou psicólogo é fundamental neste processo. Identificar os agentes causadores de estresse em nossas vidas muitas vezes não é tarefa fácil e exige ajuda especializada. E não basta identificar, saber lidar com eles de outra forma também é difícil.
O IMPACTO DO ESTRESSE NO ORGANISMO
Caso você esteja passando por situações estressantes e não esteja conseguindo lidar com esse processo sozinho, não hesite, procure um médico e/ou psicólogo!A reação do organismo aos agentes estressores pode ser dividida em três estágios. No primeiro estágio (alarme), o corpo reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendócrino.
Inicialmente há envolvimento do hipotálamo, que ativa o sistema nervoso autônomo, em sua porção simpática. O hipotálamo também secreta alguns neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e fator liberador de corticotrofina. Esse último estimula a liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela hipófise, que também aumenta a produção de outros hormônios, tais como ADH, prolactina, hormônio somatotrófico (STH ou GH - hormônio de crescimento), hormônio tireotrófico (TSH).
O ACTH estimula as glândulas supra-renais a secretarem corticóides e adrenalina (catecolamina).As glândulas adrenais passam então a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, reduzem a digestão (e ainda o crescimento e o interesse pelo sexo), contraem o baço (que expulsa mais hemácias para a circulação sangüínea, o que amplia a oxigenação dos tecidos) e causa imunodepressão (redução das defesas do organismo). A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para a ação, que pode ser de “luta” ou “fuga
REFLITA!
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